Em plena Baixa lisboeta há uma cidade invisível, quase secreta, mesmo por baixo dos nossos pés, que remonta à época romana e da qual pouca ou nenhuma noção temos. Esta Cidade dentro da cidade é um património arquitectónico que resistiu ao passar dos milénios, e por essa razão, é protegido. A excepção acontece duas vezes por ano, na Primavera e no Outono quando, sob a égide do Museu da Cidade , são organizadas 6 visitas guiadas às Galerias Romanas da Rua da Prata.
Enquadradas pela comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, e se o bom tempo o permitir, as 3 visitas desta Primavera irão decorrer nos dias 17, 18 e 19 de Abril, entre as 10h00 e as 18h00, sendo a última entrada às 17h30. A descida a este mundo secreto e misterioso atrai, todos os anos, uma multidão de verdadeiros peregrinos que aguardam pacientemente pela sua vez, na expectativa de conseguirem fazer esta viagem pela penumbra da memória, recuperando no presente, ainda que por momentos, experiências de um passado longínquo que fazem parte da nossa herança colectiva.
Estas visitas são gratuitas
Realizadas em grupo e sempre orientadas por técnicos do Museu da Cidade e do Centro de Arqueologia de Lisboa, com um ponto de encontro entre as ruas da Prata, dos Correiros e da Conceição. “A descida a esta memória romana é uma lição de história in loco, feita através de uma breve rede de galerias perpendiculares, entre celas escuras que deverão ter servido de áreas de armazenamento, núcleos de água, arcos em cantaria, até à Galeria das Nascentes, também chamada de “Olhos de Água”, onde, de uma fractura contínua, brota incessantemente toda a água que invade o espaço – era aqui que nascia um célebre e adorado poço, o Poço das Águas Santas, local de “águas milagrosas”.
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