Há já vários séculos que os cientistas e criadores ao redor do mundo tentavam estabelecer o cruzamento entre pequenos gatos domésticos e gatos selvagens. O Gato-de-bengala é o resultado do cruzamento dessas duas espécies, sendo que o gato selvagem que lhe deu origem era asiático.
O objetivo da sua criação foi o de conseguir criar um gato doméstico que possua as mesmas características físicas diferenciadas dos pequenos gatos selvagens que vivem na floresta, mas mantendo o temperamento dócil e confiável dos gatos domésticos.
Assim, podemos dizer que o Gato-de-bengala é um gato híbrido.
CARACTERÍSTICAS
O Gato-de-bengala possui a aparência de uma fera, sendo um felino de porte médio a grande.
O seu corpo é musculoso e insinuante, tendo os quadris um pouco mais elevados do que os ombros.
Além disso, a sua cabeça é cuneiforme e possui contornos arredondados, sendo um pouco mais comprida do que larga.
Além disso, o Gato de Bengala é inteligente, curioso e divertido, relacionando-se bem tanto com adultos como com crianças, e mantendo também um contato bastante sociável com animais de outras espécies. Uma das suas principais características, que ajudam a distingui-lo de outros gatos, é o fato de ser um ótimo caçador e também de apreciar atividades na água.
O seu temperamento é dócil, não sendo desafiador, nem intimidante. Apesar de poder exibir temor ou impulso em fugir ou até miar alto em protesto, o Gato-de-bengala nunca demonstra receio. Estes gatos são confiantes, amistosos, curiosos e alertas, sendo ótimos como companhia dentro de casa.
HISTÓRIA DO GATO DE BENGALA
O Gato-de-bengala desenvolveu-se a partir de um programa americano que data de 1963, em que a geneticista Jean Sugden cruzou um gato doméstico do sexo masculino com uma fêmea de gatopardo asiático, com o objetivo de tentar transferir as marcas do gato selvagem para uma raça doméstica. Assim, o Gato-de-bengala é, ainda hoje, o único felino híbrido doméstico.
Entre a década de 1960 e a década de 1970 não surgiram esforços no sentido de criar uma raça de gato a partir destes primeiros híbridos.
No entanto, surgiram clubes com a intenção de promover esta nova raça. Estes clubes já costumavam chamar de “Bengali” aos gatos derivados do leopardo asiático. Esse termo foi criado por William Engler, um dos membros do Clube do Ocelote de Long Island. Muito provavelmente, o termo Bengali deve-se ao nome científico do leopardo asiático, ou seja, Felis prionailurus bengalensis. Assim, após quase 40 anos do surgimento dos primeiros Gatos-de-bengala, esta passou recentemente a ser uma raça reconhecida pelas principais organizações internacionais de criadores, como é o caso da CFA (Cat Fanciers Association), a TICA (The Intenrational Cat Association) e a FIFe (Fédération Internationale Féline).
No Brasil, os primeiros Gatos de Bengala apareceram isoladamente no ano de 1995, tendo começado a ser feita criação de animais desta raça a partir de 1997. No entanto, a fase de maior entusiasmo pelo Gato de Bengala teve início em 1985, ano em que Jean Mill apareceu, em exposições da TICA, exibindo os seus gatos desta raça na categoria “New Breed and Color”. Logo, o Gato de Bengala tornou-se no animal de estimação mais apreciado nos EUA, conseguindo mesmo ganhar em popularidade às raças mais tradicionais.
Assim, ao passo que esta raça ia ganhando popularidade e à medida que o número de criadores ia aumentando, foi criada na TICA a “Secção Gato de Bengala”, para que se passassem a definir as caraterísticas standard da raça. Assim, em maio de 1992 o Gato de Bengala passou a ser reconhecido oficialmente pela TICA como uma raça oficial, sendo reconhecido também pela CFA cerca de cinco anos mais tarde.
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