Contudo, quando a barragem é esvaziada para limpeza ou quando desce o nível das águas em períodos de seca, podem ver-se ainda as casas, os caminhos e os muros da antiga aldeia.
A 4 Km da sede da freguesia, Campo do Gerês, a aldeia encontra-se agora submersa nas águas do rio Homem que a barragem contém. Num recanto praticamente isolado e perdido entre a Serra Amarela, a Norte e Poente, e a serra do Gerês, a Sul e Nascente, está ancorada entre o vale do Ribeiro das Furnas, onde pontuavam ramadas de vinha, a deslizar por uma encosta granítica, até se alargar em terrenos de aluvião muito férteis, onde se cultivava o milho, a batata e o feijão.
O casario distribuía-se predominantemente pelo sopé da Serra Amarela, virado a Nascente, e, portanto, protegido do Norte e Poente pela Serra Amarela, na margem direita do rio Homem. Do lado da margem esquerda do rio Homem, o terreno era mais arborizado, com pequenas faixas destinadas à pastagem do gado, fazendo parte da serra do Gerês.
Era antes da confluência do Ribeiro das Furnas com o rio Homem que se situava a aldeia. O rio apresentava aqui, onde o vale era mais largo, poços fundos e transparentes, onde, a pouca distância, havia cavernas ou furnas no granito, com grandes fendas e desprendimento de blocos.
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